Passar Idéias, engomar, dobrar e por na gaveta

Temos tantas coisas boas para passar uns para os outros. Tantas idéias, sugestões, dicas, conselhos, caminhos. Podemos transferir a sintese da experiencia de nossas vidas numa frase ou numa conversa.
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O que impede que isso aconteça é uma falha no mecanismo de comunicação. Ao se dizer uma ideia não se pode prever como ela reagirá no receptor. Num relacionamento familiar medio como casais e pequenas familias por exemplo, os receptores acionam mecanismos de defesa que rebatem a ideia as vezes mesmo antes dela ter sido inteiramente dita. Com isso perde-se o conteúdo da idéia, agora transformada numa mera discussão caseira de receitas e metodos. Uma florzinha dentro de um copo vira um monstro japones de 40 metros.
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Numa empresa dizer uma idéia pode ser extremamente perigoso mesmo que a ideia seja magnifica, alias, principalmente se for magnífica. Os receptores e retransmissores da idéia podem, alem dos mecanismos de defesa, acionar tambem o departamento de estratégias bélicas para ocupar uma melhor posição dentro do campo de relacionamentos internos ou conseguir qualquer tipo de vantagem.
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Dizem que no amor e na guerra vale tudo e como essas duas coisas parecem ser as únicas com que se ocupa o ser humano, como grupo, vale tudo em qualquer circunstancia. Porisso uma idéia para ser transmitida dentro de uma empresa tem que ter uma planejamento estrategico prévio levando em conta o perfil psicológico do receptor e seus conseqüentes retransmissores, levantamento geográfico, metereológico, astral, físico, biológico, estatístico etc. Ou o feitiço vira contra o feiticeiro.
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Podemos tambem escolher não passar nada para os outros. Uma pena. Talvez ainda responder apenas quando for perguntado. (Todavia isto exigiria um esforço extra pois não somos terminais de informação e as idéias nem sempre vem de encomenda, mas nascem da combinação de situações e fatores externos imprevisíveis). Em todos os casos resta então a escolha que acredito ser a mais sensata... escrever.

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