Se temos a grandeza do universo imersa em nossas almas, nosso maravilhoso cérebro não passa de um funil biologico que limita nosso infinito poder de entendimento.
Ouvimos menos que os cães e seus ouvidos ultrasonicos, vemos menos que as abelhas com seus olhinhos multifacetados, sentimos menos paladar que as baleias com suas milhões de papilas gustativas, sentimos menos cheiro que qualquer animal, temos menos sensibilidade no polegar do que um gato no seu bigode (porisso criamos perfumes fortissimos, comidas ultra temperadas, musicas gritantes, tecidos exquisitos).
Apesar disso, nos é dado o poder de criar usando este mesmo cérebro. So um pouquinho, porque 10% não é la grande coisa. Podemos fazer cerca de 3.000 associações por segundo usando os neurotransmissores e chamamos isso de memória. Imagino o que seria usar 100% do cérebro, seriamos super-seres capazes de telepatia e telecinese.
Nos ultimos 100 anos geramos mais informações do que pudemos fazer nos ultimos 5.000. A curva evolutiva passou a ter uma parabola acentuadissima. Imagino que cada vez estaremos mais perto de alocar um percentual de uso mais elevado de nosso cerebro. Deixamos de ser desumanos em muitas coisas apesar de ainda fazermos feio em outras. Não cometemos mais genocidios como antigamente mas inventamos uma outra atividade, o "Geocidio".
Consumimos demais e aplaudimos os avanços da tecnologia mesmo sabendo que custo isto pode ter. Se conseguirmos sobreviver a esta passagem, certamente culparemos nossos antepassados por não termos mais um mundo bonito cheio de bichinhos coloridos, agua fresquinha e plantas bacaninhas. Estamos em Aquarius agora, talvez não seja tarde demais. Se despertarmos a tempo seremos seres sem limites.
12 comentários:
perfeito! agora some a isso o que o sociólogo Laymert de Souza nos apresenta: a partir do momento que substituímos quaisquer partes orgânicas, pelo motivos que forem (estéticos, necessários, erros médicos -também contam), nós deixamos de ser humanos para nos tornarmos cyborgs (cybernetic organism), e com isso, o direito terá de ser revisto. você não pode atribuir nada a um humano que não é totalmente humano, mais...
ah, segundo Laymert também, daqui pra frente, o sistema vai aplicar ($$$) em dois campos: tecnologia de informação (saber) (o verbo) e bancos genéticos (a semente) (a água)
nós nascemos para relatar/ desenvolver produtos a partir de/ estudar/ e manipular, aquilo que será o home do atual-futuro: alguém metade homem, metade máquina. sem direitos às leis - como se apresentam hoje. talvez com direito a reparos no certificado de garantia.
eu queria estar em io_u, já.
é algo dentro do meu cérebro que me diz.
mas somos nada mesmo.
poeira cósmica pensante...
já imaginou uma ultra-pensante?
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eu deletei meu post 1 por:
- necessidade
- estética
-(tinha erros)
e eu precisava acrescentar alguma coisa.
era caso de necessidade.
merecia outra exclusão, mas vai ser perfeccionista assim...
e auto-crítica...
Tem um filme magnifico que pode ser baixado gratuitamente em http://www.zeitgeistmovie.com/ ou com legendas em portugues no youtube que conta toda a neo-diarreia mental do ser humano e a arte de cagar na cabeça do proximo. Conta quem pratica e porque.
Eu pretendo morrer assim que ficar doente, porque: não gosto de medicos, pq sou curioso com o pos-tumba, pq não gosto de dor e pq o mundo é um saco. Muita iniquidade e muito egoismo. Essas coisas não são mesmo minha praia.
Ficar discutindo os direitos dos ciborgs é tipicamente humano. Eu respeito até meu liquidificador que apesar de não ser sensciente me presta um grande serviço e digo até obrigado qdo ele me prepara uma vitamina de frutas! :o)
Que diálogo incrível esse que acabo de ler.
Surpreendentes.
hum, thanx :o)
Cajado:
é um texto como esse...
ah,um texto como esse, gera mesmo esses diálogos maravilhosos, e se assim o é...que venha... agradeçamos a oportunidade do exercício, tal qual ao liquidificador (triturando as frutas ,que ainda existem, e que o autor , num quase ritual agradece, ainda que reconheça a “loucura do ato” (rs), ai (talvez) possamos pensar nos ensinamentos do Budismo, o valor à tudo como parte.....integrante...etc..etc... e, tb no dizer de Mautner: “uma vida como essa... uma via como essa? agora” ... (Fundamentos do Kaos)... (Outros Viram.... com citações de Whalt Withman, Rabindranath Tagore).
só sendo um Bodhisattva... quem me dera.
abs
Já assisti ao Zeitgeist. Assista ao (Zeitgeist) Addendum. Devia passar numa praça central. Ambos.
Gozado: somos muito parecidos. E astrologicamente isso é uma contradição, mas vamos lá. Da sua exposição, a única coisa da qual nunca comunguei foi o agradecimento ao liquidificador, mas se PC valer, tô dentro. Cansei de agradecer ao deus dos códigos-fonte (Sources God) (no fundo, o "Deus Geral") pelo PC ligar. E... funcionar.
Em tempo: link para o Zeitgeist Addendum online: http://video.google.com/videoplay?docid=7065205277695921912
Sueli, Mautner terminou se convertendo ao cristianismo. Com direito ao afã da renovação carismática e tudo.
Achei tão louco quando vi, eu mesma, ele falando sobre isso (em uma entrevista no Uol)!
Mas se o cara tá feliz - e é isso que importa - deixa ele feliz!
Ana...que louco, essa entrevista, mas as idéias dele (Mautner) continuam sendo maravilhosas,ele é muito genial, conversar era muito ,muito bom.
abs
muito bom o texto...Sergio é um artista maravilhoso!!!eu tb sou a favor dos liquidificadores e da tecnologia a favor do bem estar de nos mesmos...e contra o lixo doméstico que acabamos produzindo com o consumo desenfreado... e acredito na lei: Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.Assim espero...
aproveitando tb pra dizer que adorei essa sua ilustra ao lado, a do fotógrafo...beijos e bom carnaval!!!
Ah, o addendum eu tambem ja vi :o) é o maximo não é? tambem acho, devia passar em praça publica!
Seu PC as vezes encrenca pq vc botou essa praga de OS nele, tudo que a microshit faz da errado, se ficasse so com o Leopard não ia mais ter de se preocupar :oD hehehe, brincadeira, mas acho mesmo que um só sistema é melhor que dois.
Bom, obrigado pelos comentários gentis, vcs são muito tolerantes. Beijos e bom carnaval!
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