
Não me sinto nostalgico nas manhãs mas sinto uma vontade enorme de comer pão na chapa com café com leite daqueles que se pedem nas padarias quando é bem cedo e as ruas ainda não estão entupidas de pessoas apressadas querendo chegar em seu trabalho mais cedo de maneira a impressionar seus chefes indiferentes que não percebem o trabalho que deveria ter sido concluido ha varios meses atras mas que repousa ainda nas prateleiras de mogno envelhecidas e doadas por um velho morador que costumava cantar canções amareladas sobre sua infancia passada em algum lugarejo de Andaluzia e que conforme seus avós teria sido onde se refugiaram seus pais após o bombardeio que levara quase a totalidade do vilarejo ao ponto que se encontra em meio a este seculo de tecnologia e informação onde nada que pode ser notado a olhos nus compara-se ao que estamos vivendo neste descompasso de energias fatigadas e corrompidas pelo sugar constante da interação social a que nos obriga o sobreviver em metropoles e grandes centros urbanos destes que se espalham impiedosamente pelos sulcos da mãe Terra sem que nada possamos fazer para deter a marcha inexoravel do progresso e dos tentaculos destrutivos deste grupo social a que ternamente chamamos humanidade embora a noite tenha sono e durma pensando na velocidade que todas as informações vão se concentrando em frascos individuais dentro de involucros pessoais e acumulando-se em periodos tão curtos como o da existencia sem que se possa quantifica-los ou analisalos para obter um resumo de todo o conjunto de fatos de diversas areas diferentes que compõe tudo o que somos, sentimos e almejamos.
Neste ponto resolvo por um ponto em meu ponto, desses que se usa para terminar um texto.
Ilustração e texto: Sergio Cajado
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