quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Rendam-se Terráqueos!



Double Helix é o nome de uma estrutura molecular composta de espirais contendo certas particulas chamadas Nucleotideos que se opõe na parte interna destas espirais formando nosso DNA.

Podemos tambem definir este design como x(t)=cos(t), y(t)=sin(t), z(t)=t
, que pra mim não quer dizer coisa nenhuma, para os matematicos, descreve o desenho de um helix.

Hélix é tambem o nome de uma nebulosa, a NGC 2685 na constelação de Ursa maior e que possui uma peculiariedade de aspecto extremamente singular. Parece um olho humano.

A 650 anos luz da terra este Olho de Hélix está voltado para a constelação de Aquarius, que fica do lado diretamente oposto.

Que estranha coincidencia esta galaxia que tem o mesmo nome da estrutura molecular do nosso DNA ter sido fotografada por um telescopio tão longinquo num planetinha azul perdido na vastidão dos espaço sideral e ter descrito uma imagem tão humana, tão significativa para nossa percepção sensorial-cultural que poderiamos facilmente até identificar uma mensagem como, olhar para Aquarius.

De qualquer maneira, talvez seja apenas mais uma dessas coisas que Zeus diz mas ninguem aparenta notar, entender ou se incomodar. Parece que para os axiomas se tornarem aforismos é preciso a comprovação do olho. Pois bem, o olho taí.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Tempus Fugit



O tempo é a quarta dimensão. Depois de XYZ,
altura, largura e profundidade respectivamente,
a quarta dimensão, é a temporal sem a qual as
outras tres não podem existir.


Sem mais nem menos, nem dividir nem multiplicar. Tempo. Coisa estranha sem definição possivel. Momentos alinhados com duração indeterminada. Filho de Cronos, habilitador da existencia, limitador dos espaços onde estamos e para onde vamos. Não confio no tempo, heroi das vidas, vilão do estar, dele dependo aqui e agora, neste momento onde não vejo saída.
Hei de ser testado por seus caprichos e morrerei em seus braços frios, impiedosos que a todos consome.

Com ele aprendi, com ele esquecerei, meu amigo inimigo tempo, consolador de desconsolos, arcanjo luminoso dos céus do purgatório, fiat lux e a luz se fez, mas o tempo foi ainda assim necessario para que ela existisse e iluminasse as trevas do presente.

Tempo. Insaciavel, incansavel, imponderavel, inconsistente, inegável, insidioso, inerente, infalivel, e impostor. Tempo, este que não tenho, não tens, não terão e que soterrará os gritos do futuro no passado. O fogo que queima meu presente, brinquedo dos deuses, onipresente, onisciente, ignorante e ausente.

Time, Zeit, Tiempo, Temp, Teutto, Tempus, Iqa' Haraki, Tid, Cronos, o continuo das experiencias no qual os eventos passam do passado para o futuro. Meu tempo. Tempo de nascer, tempo de aprender, tempo de acreditar, tempo de olhar, tempo de amar, tempo a tempo de presenciar o tempo passar em tempo. Temporizo estas metáforas sem sentido em meu proprio tempo sem necessidade de expressar mais do que pode ele mesmo significar ou representar.

Nele te consumirás, atraves dele entenderás e subirás aos céus sem corpo, sem materia, sem dever nada ao passado presente ou futuro, nele estenderei minha esteira e verei as nuvens passarem, neste não substantivo, não adjetivo, não verbo ou pronome, neste conceito atemporal da presença inequivoca de Deus.


Tempo te invoco, apareça, mostra-me, ensina-me o que não devo, não posso e não vou nunca entender. Chacina minhas lembranças vãs, leva contigo os momentos vividos por este ser forjado nas temporalidades do momento e os despeja no infinito continuo do Universo, a unica porção integra do Verbo.


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O que tem dentro do cérebro?



Se temos a grandeza do universo imersa
em nossas almas, nosso maravilhoso cérebro não passa de um funil biologico que limita nosso infinito poder de entendimento.

Ouvimos menos que os cães e seus ouvidos ultrasonicos, vemos menos que as abelhas com seus olhinhos multifacetados, sentimos menos paladar que as baleias com suas milhões de papilas gustativas, sentimos menos cheiro que qualquer animal, temos menos sensibilidade no polegar do que um gato no seu bigode (porisso criamos perfumes fortissimos, comidas ultra temperadas, musicas gritantes, tecidos exquisitos).

Apesar disso, nos é dado o poder de criar usando este mesmo cérebro. So um pouquinho, porque 10% não é la grande coisa. Podemos fazer cerca de 3.000 associações por segundo usando os neurotransmissores e chamamos isso de memória. Imagino o que seria usar 100% do cérebro, seriamos super-seres capazes de telepatia e telecinese.


Nos ultimos 100 anos geramos mais informações do que pudemos fazer nos ultimos 5.000. A curva evolutiva passou a ter uma parabola acentuadissima. Imagino que cada vez estaremos mais perto de alocar um percentual de uso mais elevado de nosso cerebro. Deixamos de ser desumanos em muitas coisas apesar de ainda fazermos feio em outras. Não cometemos mais genocidios como antigamente mas inventamos uma outra atividade, o "Geocidio".

Consumimos demais e aplaudimos os avanços da tecnologia mesmo sabendo que custo isto pode ter. Se conseguirmos sobreviver a esta passagem, certamente culparemos nossos antepassados por não termos mais um mundo bonito cheio de bichinhos coloridos, agua fresquinha e plantas bacaninhas. Estamos em Aquarius agora, talvez não seja tarde demais. Se despertarmos a tempo seremos
seres sem limites.


quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Curiosidades do não pensar

Jim Morrison era fan de Aldous Huxley principalmente por causa do livro As portas da Percepção onde o autor busca a independencia do reconhecimento formal ou seja, ver o mundo sem uma referencia pessoal, a coisa em si. Para isso ele experimentou peiote, mescalina e outros cactus doidões mas frustrou-se com os resultados. Morrison porem gostou tanto do livro que pos o nome no seu grupo de The Doors em homenagem ao livro de Huxley.

Alias a familia de Huxley sempre foi meio amalucada. Seu avô Thomas Henry Huxley, curtiu tanto a teoria de Darwin lançada em 1859 que se tornou defensor ferrenho da tese. Quando os creacionistas, aqueles caras que acham que Zeus pos tudo no mundo do jeito que é, chamaram-no de sacrilego, filho de um coiote, ele criou um termo para se definir. Agnostico, ou contra a Gnose, essa ideia da imutabilidade, fruto da preguiça e do medo de pensar. Pois agnosticismo é justamente livre-pensar. Vovô Huxley estava certo.

Acho no minimo curioso que os caras neguem a existencia dos dinossauros, os 100 milhões de anos da Terra (acham que o planeta tem no maximo 10.000 anos) em dias como hoje. Põe uma placa por onde passam onde se lê: propriedade de fulano, assim quiz o Pai. E da-lhe guerra. Lembro dos porquinhos Napoleão e Snowball criados por Orwell que fazem um Auto-da-Fé zoologico. A inquisição fritou 5 milhões de mulheres. A ultima acusada de ser bruxa foi Anna Göldin, enforcada na Suíça em 1782. Não sei onde esses pseudo-representantes do divino arrumam essas procurações em branco. Deviam ouvir mais The Doors e melhorar sua percepção do mundo.

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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Qual a explicação?

Outrora nos diafanos tempos em que era criança, quando o vento assobiava no capim sem limites e o ar cheirava a flores coloridas, imaginava o futuro como uma porta que se abria para a continuação do que era o melhor de todos os tempos. Aí a porta se abriu e estava passando cidade de Deus, tropa de elite, the pursuit of happiness e minha pipoca caiu no chão. Fui multado por sujar o carpete do cinema e me levaram pela orelha para ver o diretor da instituição que me deixou ali sentado por muitas horas. Neste meio tempo, olhei pela janela e vi que nevava. Os flocos caiam gordos e letargicos deixando tudo branco como a cegueira do Saramago. Em pouco tempo, os carros deixaram a neve imaculada suja como o chão do cinema. O que era puro ficou insolitamente poluido e me lembrou que mesmo com as sirenes ao fundo gritando para dizer que algo ruim acontecia ao mesmo tempo, eu não estava la e sim sentado em minha poltrona com a barba branca por fazer.

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