segunda-feira, 10 de agosto de 2009


Respeitavel senhor Rei

Estou a aportar com minha caravela contendo 20 caixotes de utensilios domesticos de diversas serventias para esta ensolarada terra onde, dizem, canta o sabia. Vejo muitos nativos que andam em suas carruagens sem cavalos numa fila enorme que entrava as rodovias alem de produzir uma fumaca abominavel que certamente deveriam ser examinadas pelo santo oficio da fe pois isso so pode ser uma coisa demoniaca. Nas ruas os nativos andam apressados de la e pra ca. Parecem ter um envolvimento processual muito ativo, engajadando-se em inumeras atividade que ainda desconheco. Refererem-se a shamas de uma tal de Globo que ao que parece controla a moral e os costumes das tribos. Dizem que muitos nativos sao ladroes perigosos. Ate agora os unicos ladroes que encontrei foram os de sempre, que pode se ler sobre eles nas gazetas locais ou assistir sobre eles naquele aparelho hipnotico que eles insistem em olhar no horario nobre. As criancas perdem-se nos universos inventados para um tal de computador. La sentem-se fortes e invenciveis, encontram o que o mundo real so vai poder lhes dar depois de muito esforco e uma certa dose de sorte.

Ja desci da caravela que partiu sem olhar pra tras, portanto como disse Cortez a seus marinheiros quando incendiou seus proprios navios, ahora no hay vuelta. Como bom sem teto, pedi hospedagem a bons samaritanos que noe receberam de bracos abertos e muito carinho.
Comeco agoraa providenciar um lugar para amarrar o jegue e montar uma choupana, talvez, longe dos nativos em um ambiente mais saudavel, porem com internet logo caro imperador, saberas de antemao que destino esta a seu sudito reservado, aqui onde sofrerei nos 8.000 kms de praia sob esse horroroso ceu azul e detetestaveis nuvens branquinhas. Sentirei saudades da minha velha europa e de seus burgos estreitos como a mentalidade de seus gloriosamente civilizados habitantes. Sofrerei com essa cordialidade que me faz conversar longamente com o jornaleiro, a caixa do supermercado, de diretores a acenssoristas, todos tem uma historia interessante pra contar. Mas tenho confianca, tao grande quanto minha falta de fe que me induz cartesianamente a conclusoes psicosombrias mas que no fundo deve ser bobagem porque como dizem, nao ha felicidade que perdure nem mal que dure para sempre.

Estando de boa fe ciente de ter prestado a vossa majestade um descritivo apropriado, aguardo ansiosamente a oportunidade de poder lhe ser disponivel para quaisquer outros relatos que se facam ou nao necessarios, seu sudito leal

Oficial de atividades ultramarinas Mestre de embarcacoes Cajado das Oliveiras